Em setembro de 2025, o ouro alcançou cerca de US$ 3.702 por onça, estabelecendo uma nova marca nominal no mercado internacional. O movimento confirma a força do metal em um cenário marcado por inflação persistente, juros em queda e instabilidade política global.

Desde que deixou de ser base monetária nos anos 70, o ouro jamais perdeu relevância. Ele retorna ao centro da economia sempre que há desconfiança em relação às moedas tradicionais e se consolida como proteção diante de crises.

A escalada recente ganhou intensidade a partir de choques geopolíticos e comerciais que remodelaram os fluxos financeiros globais. O bloqueio de ativos russos após a guerra na Ucrânia serviu de alerta para diversos países. Hoje, a China figura entre as nações que ampliaram significativamente suas reservas, com mais de 2.300 toneladas em estoque, enquanto o Japão mantém volumes em torno de 846 toneladas. Esses números revelam uma estratégia de diversificação silenciosa frente à hegemonia do dólar.

O ouro também atrai pela sua resiliência em tempos de instabilidade monetária. Projeções recentes apontam que, se o ritmo de compras institucionais e o ambiente de incerteza se mantiverem, o metal pode atingir US$ 3.800 a US$ 3.900 por onça até 2026. Além de bancos centrais, investidores privados acessam o mercado por meio de ETFs e fundos, reforçando a liquidez global.

Mais do que um ativo financeiro, o ouro traduz os grandes ciclos da economia e continua a ditar poder e confiança. Dos cofres estratégicos às joalherias de alta gama, permanece como símbolo de permanência em um mundo que se reinventa todos os dias.

Jetsetters News – O lifestyle de quem vive o aqui e o agora

About Author /