Martinelli reabre. E o centro de São Paulo volta a mirar o alto.

Em São Paulo, o que envelhece rápido é o interesse.
Mas alguns edifícios não se curvam à pressa.

O Martinelli está de volta — e com ele, um convite nada óbvio: olhar o centro, de cima e com tempo.

O prédio, construído em 1929, volta a receber o público a partir de agosto com visitas guiadas todas as terças-feiras. Os ingressos são gratuitos e disputados: liberados online às quintas, sempre ao meio-dia, para a semana seguinte. O primeiro lote estará disponível em 31 de julho.

Cada tour tem 45 minutos, começa no saguão e culmina no terraço — uma das vistas mais icônicas da capital. A mediação fica por conta do programa “Vai de Roteiro”, da Secretaria Municipal de Turismo.

O que realmente se visita quando se entra no Martinelli?

O edifício nasceu do sonho vertical de Giuseppe Martinelli, que ousou erguer um arranha-céu de 30 andares quando São Paulo ainda era horizontal. Foi hotel de luxo, foi cinema, foi cenário da elite — até ser confiscado pelo governo brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial, quando pertencia à Itália.

Hoje, depois de quase um século, o prédio ressurge como símbolo de resistência urbana — não apenas por sua arquitetura, mas por lembrar que a cidade ainda tem camadas para explorar.

Visitar o Martinelli é escolher desacelerar.

É sair do shopping e entrar na história.

A reabertura é limitada, silenciosa e, por isso mesmo, relevante.
Não haverá fila de selfies — e talvez seja exatamente por isso que valha a pena.

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