De 5 de julho a 3 de agosto, Campos do Jordão volta a soar com outros compassos. Ao longo de quase um mês, a cidade se transforma em sala de escuta coletiva, oferecendo 76 apresentações gratuitas que unem formação musical, repertório sinfônico, música de câmara e experiências ao ar livre. Em sua 55ª edição, o festival reforça seu papel como espaço de formação, contemplação e pertencimento.

Criado em 1970, o evento permanece como o maior festival de música clássica da América Latina — e o mais acessível. Concertos gratuitos preenchem o Auditório Claudio Santoro, o Palácio Boa Vista e a Praça do Capivari, entre outros espaços. Parte da programação também chega à capital paulista, ampliando o alcance da temporada.

Crédito: Festival de Inverno / Divulgação


A presença da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) se confirma como um dos pontos altos da edição, com programas dedicados à música brasileira e ensaios abertos ao público. A curadoria deste ano reforça o papel da música de câmara como território de intimidade artística, com jovens intérpretes ganhando destaque em obras contemporâneas e clássicas.

Há concertos sob holofotes — e há aqueles onde a noite e o silêncio são cenário. Em uma das edições anteriores, uma apresentação interrompida pelo vento foi retomada em absoluto silêncio. Ninguém foi embora. A música venceu o frio.

Na era da distração contínua, a escuta virou luxo silencioso?

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