A arquitetura de poder dentro do Hotel Rosewood São Paulo, símbolo do luxo contemporâneo no país, atravessa um período conturbado. Alexandre Allard, empresário francês à frente da concepção do complexo Cidade Matarazzo, enfrenta a perda progressiva de participação acionária no empreendimento.

Segundo fontes ligadas à BM Empreendimentos, gestora do projeto, o empresário deixou de cumprir parte dos aportes financeiros previstos em uma emissão de debêntures. O primeiro sinal veio com a inadimplência de R$ 60 milhões montante que já reduziu sua fatia de 40% para 35%.
Mas o impacto pode ser ainda maior. Se os R$ 100 milhões restantes não forem injetados até agosto, a posição de Allard poderá encolher para apenas 15% da sociedade, conforme cláusulas estabelecidas previamente.
As divergências, no entanto, não se restringem aos números. Em meio ao impasse, Allard formalizou acusações contra o grupo CTF conglomerado hoteleiro de origem chinesa e sócio majoritário do Rosewood por suposta espionagem corporativa. A denúncia já chegou ao Judiciário brasileiro.
Desde sua estreia, o Rosewood consolidou-se como um dos maiores investimentos estrangeiros em hospitalidade de alto padrão no Brasil. Agora, os conflitos internos colocam em dúvida a estabilidade da governança e levantam questões sobre o futuro de empreendimentos de luxo com estrutura societária globalizada.
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