Em 1947, em meio ao renascimento da moda parisiense no pós-guerra, Christian Dior apresentava ao mundo sua primeira fragrância: Miss Dior. Mais do que um perfume, um gesto poético que unia alta-costura e memória afetiva em uma única criação.

crédito imagem instagram Dior

A estreia do aroma foi marcada por um frasco emblemático. Produzido em cristal pela prestigiada Cristalleries de Baccarat e desenhado por Fernand Guéry-Colas, o design refletia com precisão a estética refinada da maison. Suas curvas elegantes remetiam à silhueta em forma de oito — assinatura do icônico “New Look”.

Detalhes como o padrão pied-de-poule gravado no vidro evocavam diretamente os tecidos favoritos de Dior. A peça tornou-se rapidamente símbolo da feminilidade moderna, ganhando status de objeto de desejo tanto quanto os vestidos que inspiraram seu formato.

Ao longo dos anos, Miss Dior passou por reformulações sutis, sem jamais perder sua essência. A versão contemporânea traz linhas mais retas, forma quadrada e um toque de modernidade silenciosa.

O destaque vai para o laço “poignard”, agora confeccionado com tecido jacquard francês. Cada fita é única, tecida com mais de 396 fios e finalizada com 12 mil pontos por centímetro. Um tributo discreto à tradição da alta-costura.

A base do frasco mantém o clássico pied-de-poule em relevo, conectando passado e presente com sofisticação contida. Entre inovação e herança, Miss Dior segue como uma ode à beleza atemporal — onde vidro, perfume e história se entrelaçam com naturalidade.

No universo Dior, fragrâncias não apenas encantam o olfato — elas contam histórias. E Miss Dior, desde sua origem, narra com delicadeza a arte de transformar sonhos em forma e fragrância.

Crédito da imagem: Instagram @dior

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