Pegue seu copo de refrigerante e seu balde de pipoca, prepare-se para algo que vai além do entretenimento. A nova minissérie da Netflix, “Adolescência”, chega como um daqueles títulos que provocam incômodo — no melhor sentido. É uma história que toca em feridas antigas, mas ainda abertas, que continuam se espalhando entre gerações.

Sem precisar contar toda a trama, o que mais chama atenção é o pano de fundo social que a série revela. Mais do que um drama sobre justiça, ela expõe como certos comportamentos vêm sendo reforçados no dia a dia — muitos deles carregados de preconceito, controle emocional e imposição de poder.

crédito imagem Google

Entre tantas questões abordadas, uma delas se destaca: a misoginia. Você já parou para pensar o quanto isso ainda está presente na nossa rotina? O termo se refere ao desprezo, à hostilidade ou até à violência contra mulheres, muitas vezes disfarçados de opinião, piada ou costume. E o mais preocupante: esse tipo de comportamento não apenas resiste ao tempo — ele encontra novas formas de se espalhar, especialmente entre os mais jovens.

A série mostra que isso começa cedo. Meninos são ensinados a não demonstrar sentimento, a competir o tempo todo, a dominar espaços, e a rejeitar tudo o que remeta ao cuidado ou à vulnerabilidade. Esse modelo distorcido de masculinidade se repete como se fosse normal — e aí está o problema.

A tal masculinidade tóxica se manifesta de maneiras sutis, mas perigosas. Ela transforma afeto em fraqueza, silêncio em força e empatia em vergonha. Quando esse padrão se mistura à misoginia, o resultado é uma sociedade mais dura, desigual e adoecida.

Mas a série também acende uma luz: é possível rever esses padrões, questionar velhas ideias e abrir espaço para um novo tipo de masculinidade — mais justa, equilibrada e consciente.

E você? Depois que assistir à série, conta pra gente: esse comportamento tem crescido entre meninos e homens? Ou você acredita que há mudanças acontecendo? Deixe seu comentário por aqui. Queremos saber o que você pensa.

About Author /