
O verão de 2025 consolidou o Hedley Studios como um dos protagonistas mais ousados do cruzamento entre arte, design automotivo e luxo. Reconhecido como o único ateliê autorizado a criar versões dirigíveis em colaboração direta com marcas lendárias como Aston Martin, Bentley, Bugatti e Ferrari, o estúdio britânico levou suas peças para além das garagens de colecionadores, projetando-as como obras vivas em alguns dos cenários mais icônicos do planeta. A estreia em Porto Cervo, na Sardenha, com a inauguração de sua primeira boutique europeia no exclusivo Waterfront, reuniu modelos em escala como o Bugatti Baby II, a Ferrari Testa Rossa J e o Bentley Blower Jnr ao lado de peças de relojoaria e iatismo, traduzindo a ideia de que o automóvel pode dialogar no mesmo patamar simbólico que relógios raros ou superiates artesanais. Foi mais que uma exposição: uma afirmação de status cultural que eleva o automóvel ao patamar de relógios raros e iates artesanais.



Poucas semanas depois, no Festival de Cannes, a marca organizou um pop-up na Marina IGY Vieux Port, onde o brilho dos carros em miniatura refletia o clima do tapete vermelho. O momento mais marcante ocorreu no amfAR Gala, quando um Bugatti Baby II de edição especial foi doado para leilão e arrematado por US$ 366 mil, valor revertido à fundação que atua no combate à AIDS. O gesto reforçou que, no universo do ultraluxo, filantropia e estética podem caminhar lado a lado.

Nos Estados Unidos, o Hedley Studios conquistou o prêmio de “Mais Inovador” no 50º Hampton Classic Horse Show, apresentando uma Ferrari Testa Rossa J em amarelo Giallo Triplostrato inserida no centro de uma mesa transparente iluminada por LEDs, transformando o carro em peça escultórica diante da arena de saltos. A presença também foi ampliada na Gala de Verão do Parrish Art Museum, onde o fundador Ben Hedley palestrou sobre o automóvel como arte, reforçando a ligação do ateliê com o tecido cultural dos Hamptons. Essa sequência de aparições não apenas consolidou prestígio: construiu narrativa.

Hoje, colecionadores em mais de 60 países enxergam essas criações não apenas como veículos, mas como heranças culturais, autenticadas pelas quatro maiores casas do automobilismo mundial. Em suas próprias palavras, Ben Hedley descreveu a temporada como um divisor de águas, marcando a entrada definitiva do estúdio na arena global da cultura de luxo. O respaldo financeiro do Island Capital Group, anunciado em agosto, reforçou esse movimento, com Andrew Farkas, CEO da companhia, destacando o ateliê como um criador de peças que unem luxo, acessibilidade e inovação, com potencial de transformar a economia criativa.

À medida que o verão deu lugar ao outono, a Hedley anunciou a Ferrari Testa Rossa J “Lucybelle II”, inspirada na histórica 250 TR que competiu em Le Mans em 1958. Com acabamento que imita o desgaste natural de corrida e detalhes fiéis à original, a peça materializa a filosofia da casa: preservar a memória automobilística ao mesmo tempo em que a transforma em arte contemporânea. Desde sua criação, o Hedley já produziu cerca de 500 modelos de edição limitada, cada um construído manualmente em Bicester, Inglaterra. São esculturas funcionais que circulam em galerias, galas e leilões, posicionando a arte automotiva como patrimônio cultural do século XXI.

O Hedley Studios mostra que o colecionismo automotivo do século XXI já não se contenta com cofres ou garagens fechadas. Suas criações circulam em galerias, galas e palcos culturais, assumindo papel de arte viva. Em 2025, dirigir uma peça do ateliê não é apenas exibir exclusividade: é assumir protagonismo em um diálogo global que une tradição, inovação e identidade cultural. A verdadeira pergunta é: estamos diante de automóveis ou de esculturas em movimento?
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