
Invictus: Londres a Nova York em sessenta minutos
A Europa quer redefinir a aviação com o Invictus, projeto da Agência Espacial Europeia que prevê uma aeronave hipersônica Mach 5, capaz de reduzir a viagem entre Londres e Nova York para apenas uma hora. O programa recebeu €7 milhões em financiamento inicial e planeja ter um conceito final em 12 meses, com operações previstas para 2031.
A tecnologia central é o motor SABRE, que combina propulsão a jato e foguete. Seu pré-resfriador resfria o ar em milissegundos, permitindo desempenho estável em velocidades extremas. Trata-se do passo que pode transformar o voo hipersônico em realidade comercial.

O histórico não pode ser ignorado. O Concorde, aposentado em 2003, encurtava o trajeto transatlântico para três horas e meia, mas não sobreviveu a custos elevados e pressões ambientais. Em 1996, um bilhete custava US$ 7.574 (cerca de US$ 12.460 em valores de 2020). Para o Invictus, especialistas projetam passagens entre US$ 10.000 e US$ 25.000, reforçando seu caráter restrito a uma elite global.
A corrida também é geopolítica. Estados Unidos operam o X-37B, a China testa o Shelong e empresas privadas como Virgin Galactic avançam em protótipos. A Europa, ao apostar no Invictus, busca garantir presença em um setor que pode redesenhar fronteiras tecnológicas e de poder.
A sustentabilidade é parte do dilema. O uso de hidrogênio líquido pode reduzir emissões de carbono, mas a infraestrutura energética necessária levanta dúvidas. O projeto precisa provar que exclusividade e velocidade podem coexistir com responsabilidade ambiental.

O futuro dirá se o Invictus será lembrado como sucessor do Concorde ou como mais uma promessa bilionária que não decolou.
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