Jantares secretos por R$ 20 mil só aceitam criptomoedas

Chefes renomados e clubes fechados: jantares pagos em cripto se tornam realidade oculta em cidades brasileiras como SP, RJ e SC.

Gastronomia, sigilo e blockchain: o tripé de uma nova elite urbana.

Em círculos discretos de São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis, algo mais do que rumores começa a ferver. Um novo tipo de jantar ultraexclusivo ganha forma: eventos privados com chefs premiados, menus sob medida e uma única exigência: pagamento em criptomoedas.

Não se trata de marketing vazio. Embora o Crypto Kitchen, restaurante experimental no Rio, tenha encerrado suas atividades, ele deixou um rastro silencioso. Hoje, clubes fechados e penthouses gourmet promovem encontros a portas trancadas. Com convites enviados por lista confidencial e menus que chegam a R\$ 20 mil por pessoa, o que chama atenção não é o preço, mas a forma de pagamento: Bitcoin, Ethereum ou stablecoins. Uma moeda sem pátria agora compra o que há de mais nacional, um jantar exclusivo.

As experiências ocorrem longe da mídia, em ambientes silenciosos. Com curadoria de sommeliers, presenças artísticas e playlists criadas por inteligência artificial, esses jantares medem o luxo não pela ostentação, mas pelo sigilo e pela sofisticação do acesso.

No exterior, o modelo já foi testado. Em 2025, circularam rumores de que Donald Trump teria promovido um jantar privado em seu clube nos EUA, com acesso limitado aos maiores detentores do memecoin \$TRUMP. Embora não haja confirmação oficial, o caso foi suficiente para acender debates sobre como criptoativos estão sendo usados como chaves simbólicas de acesso a experiências de luxo e sobre os limites éticos desse tipo de exclusividade.

Em Nova York e Londres, clubes discretos aceitam criptomoedas em degustações de destilados raros. No Brasil, o modelo ainda engatinha, mas o movimento já é real. Não está no Google, nem no Instagram, mas está no radar da elite conectada.

Criptomoedas viraram senha de acesso ao novo luxo brasileiro. Mas até onde isso é inovação ou só uma encenação gourmet para poucos? Comente, se puder pagar.

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