Luxo em Estado Bruto
Por que Singapura continua comprando quando o resto do mundo desacelera?
Enquanto os grandes centros globais recuam no consumo de alto padrão, a cidade-estado asiática dispara. Em 2025, Singapura deve movimentar S$ 13,9 bilhões (US$ 10,9 bilhões) em artigos de luxo — um salto de 7% em relação ao ano anterior, segundo a Euromonitor.

Neste pequeno território de 728 km², vivem mais de 240 mil milionários. Uma elite em ascensão, moldada por um ambiente fiscal flexível, políticas de imigração abertas e estabilidade institucional rara na Ásia. Singapura, ao que tudo indica, tornou-se o novo código de acesso ao luxo consciente e consistente.

A cidade se comporta como uma vitrine-teste para as maiores maisons do mundo. No prestigiado Marina Bay, marcas como Marni estreiam com experiências imersivas: carrinhos privativos, convites secretos, lançamentos inéditos. O consumo aqui não é impulso — é estratégia.

Por trás das vitrines, o movimento é igualmente sofisticado. Em 2024, Singapura foi a terceira cidade com mais aberturas de lojas de luxo na Ásia-Pacífico (excluindo a China). O varejo high-end cresce junto com o mercado imobiliário e com a renda familiar, que sobe há cinco anos consecutivos.

E as marcas notaram: Singapura virou um campo de observação emocional. Em vez de campanhas massivas, testam o engajamento sutil do consumidor de alta renda — aquele que não quer apenas status, mas sentido.
Neste novo capítulo do consumo global, a cidade não segue a tendência. Ela cria.
Singapura não apenas consome o luxo. Ela o traduz.
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