
Anúncios discretos, canais fechados e conteúdos por assinatura. O aplicativo que sempre evitou publicidade agora mira um público que compra sem precisar de convencimento.
O WhatsApp sempre foi território livre de propaganda. Mas 2025 marca o início de uma nova fase. Sem alarde, a plataforma começa a abrir espaço para marcas que entendem o valor de falar pouco, mas falar certo.
O pacote de novidades inclui anúncios na aba de Status, canais com alcance controlado e conteúdos pagos para quem quiser exclusividade. Nada de invadir conversas privadas. Tudo acontece em áreas onde o usuário já escolheu estar.
Mais de 1,5 bilhão de pessoas acessam a aba de Atualizações todos os dias. Mesmo um público ultra segmentado aqui representa números que nenhuma revista de luxo impressa consegue alcançar.
No Brasil, o tema já circula em conversas de bastidores entre agências e consultorias que atendem o mercado premium. Não se fala apenas de tecnologia. O debate agora é estratégico: como usar o canal sem parecer invasivo? Como manter a experiência personalizada em escala digital?
A Meta já deixou claro: se os primeiros resultados forem bons — e isso significa ultrapassar 2% de engajamento —, novas funções devem chegar até o fim do ano. Carrosséis interativos, links de compra direta e outras ferramentas que prometem transformar o WhatsApp em um concierge digital.
O desafio agora é mais de estratégia do que de tecnologia. A construção de intimidade com o cliente vai exigir ritmo, tom e conteúdo na medida certa. Excesso pode gerar afastamento. Ausência total pode fazer a marca perder espaço na jornada digital desse público.
O conceito é simples: menos volume, mais intenção. Marcas que já se destacam em canais de comunicação silenciosa — como na aviação executiva ou no real estate de alto padrão — começam a adaptar suas lógicas para o WhatsApp.
Tendências recentes mostram que grifes de joalheria, moda e hotelaria de luxo já buscam formas de transformar canais digitais em extensões da experiência boutique. O consumidor UHNW está cada vez mais conectado, mas muito mais seletivo. O conteúdo precisa ter o mesmo nível de curadoria que ele espera das marcas que escolhe consumir.
Enquanto o WhatsApp redefine os códigos da comunicação de luxo, o mercado inteiro se movimenta. Se a sua marca ainda não repensou como falar com quem compra em silêncio, talvez este seja o momento.
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