Mesmo com bilhões em investimento e produções estreladas, o Apple TV+ ainda não conquistou espaço expressivo no universo do streaming.

Reprodução – Pixabay

Desde sua estreia em 2019, a gigante de tecnologia vem apostando em uma estratégia clara: menos volume, mais prestígio. O foco são produções originais, de alto orçamento, com nomes consagrados de Hollywood. Títulos como Ted Lasso, Severance, Shrinking e o premiado CODA integram o catálogo, que tem ganhado atenção pela qualidade, não pela quantidade.

A escolha de não licenciar obras clássicas limita a variedade do acervo. Enquanto concorrentes como Netflix e Prime Video equilibram lançamentos e sucessos de catálogo, o serviço da Apple segue uma rota mais autoral.

Atualmente, estima-se que o Apple TV+ conte com cerca de 45 milhões de assinantes. No entanto, a participação no mercado global permanece abaixo de 1%.
O investimento anual em conteúdo, que já foi de US$ 5 bilhões, agora gira em torno de US$ 4,5 bilhões. Ainda assim, as perdas ultrapassam US$ 1 bilhão por ano, de acordo com apuração do The Information.

Apesar do prejuízo operacional, o impacto é pequeno diante do tamanho da companhia. No último ano fiscal, a Apple registrou US$ 391 bilhões em receita e US$ 93,7 bilhões em lucro líquido — impulsionados, sobretudo, pelas vendas de iPhones.

O Apple TV+ integra o segmento de Serviços da empresa, ao lado do Apple Music, App Store e outros produtos digitais. Só nesse grupo, o faturamento no quarto trimestre de 2024 foi de US$ 26,3 bilhões, com crescimento de 14%.

Com uma base sólida e fôlego financeiro de sobra, a Apple parece disposta a jogar no tempo certo.
Enquanto os rivais disputam volume, ela prefere entregar obras que fiquem. Resta saber se o público vai seguir acompanhando esse roteiro.

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